sábado, 29 de outubro de 2016

Outlast Whistleblower; Vale a pena jogar ?


Nossa humilde opinião

Se você achava que Whistleblower economizaria em conteúdo sexual após críticas negativas da campanha principal, sentimos em lhe dizer que a Red Barrels não liga pra isso. Logo nos primeiros momentos de jogatina, já temos uma pequena prévia do que tem por aí: imagine que você é um funcionário voluntário da Murkoff Corporation, uma suposta corporação que se disfarça como uma empresa de caridade no Manicômio de Monte Massive, e está em preso em uma cadeira enquanto outro funcionário lambe sua bochecha. Insano, não?

E esse não é o único momento que nos fará arregalar os olhos ao contemplarmos tamanha absurdez. Qualquer um que se dedicar a desfrutar da DLC verá nudez, sexo explicito (entre heterossexuais e homossexuais), linguagem forte, homens castrados, corpo explicito, etc.

No papel de Waylon Park, o jogador passará por vários momentos tensos, comprovando que o Manicômio de Monte Massive é o verdadeiro inferno na Terra.

A mesma experiência

O que tornou Outlast tão famoso foi a coragem em trazer um conteúdo pesado e perseguições intensas, além de surpresas que assustam radicalmente o jogador. E, por acabar se tornando uma marca do título, era óbvio que a Red Barrels iria manter essa essência na DLC.

Whistleblower tem uma maior variedade de perseguidores (cujo total é quatro, enquanto na campanha principal do game era três), embora eles apareçam poucas vezes. Contudo, essas poucas vezes acabam se tornando marcantes por serem bastante assustadoras.

A jogabilidade de Whistleblower continua a mesma que a da campanha principal: podemos correr, andar, fechar portas e colocar obstáculos nela para dificultarmos a corrida dos perseguidores. Também podemos nos esconder em armários e sob camas. Porém, ainda não podemos agredir os inimigos, mantendo o mesmo dilema já conhecido pelos jogadores: ou corremos, ou nos escondemos, ou morremos.

Visual e áudio ótimos
Outlast ainda utiliza a Unreal Engine 3, que torna o ambiente ainda mais tenebroso e aumenta a sua imersão de terror. O áudio - que conta com vários trechos utilizados no jogo principal e alguns novos - apenas serve para complementar isso. Porém, o mesmo acaba tornando-se repetitivo, e logo enjoativo.

Recheado de bugs

Infelizmente, Whistleblower mantém alguns bugs que a Red Barrels já havia deixado passarem despercebidos na campanha principal do título (desligamento da inteligência artificial dos personagens, golpes ultrapassando paredes e portas, bateria infinita da câmera noturna, etc.). Agora, imagine isso somado a novos erros.

Em Whistleblower, a Red Barrels infelizmente não trouxe um jogo livre de erros, assim como quase nunca vemos na indústria. Afinal, a DLC consegue ser mais bugada que o jogo principal. Na lista de erros, temos: legendas em português brasileiro falhando (sendo substituídas por legendas em inglês em alguns trechos), possibilidade de atravessar paredes, mortes aleatórias e sem sentido, etc.

Isso não significa que a Red Barrels não tenha prestado atenção na reclamação dos jogadores pela internet. A desenvolvedora, por exemplo, corrigiu bugs como a infinidade da bateria, mas ainda assim não tornou a DLC livre de erros. Mas isso não estraga a experiência de jogar Whistleblower.

Whistleblower mantém a essência já conhecida pelos jogadores de Outlast, ou seja: a expansão está tão boa quanto o game principal. Até melhor em opiniões de outras pessoas.

Para começar,o jogo é bem curto...

Tudo que é bom dura pouco, não é verdade? Esse ditado também se aplica a Whistleblower. A expansão traz momentos arrepiantes e trechos assustadores em cerca de apenas 1 hora e 30 minutos, sendo que o título principal tem uma campanha que dura cerca 4 horas.

Se você tentar terminar o jogo 100%, levará cerca de 3 horas (contando o tempo que você fará em uma campanha que você correu para terminar e uma que você se dedicou 100% para terminar). Já se você querer terminar o game correndo de medo, levará cerca de 1 hora e 30 minutos a 2 horas e 30 minutos.

Então,vale ou não a pena jogar ?

A Red Barrels mostrou que não tem medo de confrontar a imprensa. A companhia, com Whistleblower, enfrentou diretamente outras produtoras de jogos de terror famosas, que temem colocarem um conteúdo pesado em seus títulos por diminuírem a renda de seus games.

A empresa também confronta as grandes desenvolvedoras que cobram um preço absurdamente alto para um conteúdo extra nada bom. Whistleblower é barato (custa R$ 17,99 no PC e no PS4) e traz uma experiência gratificante.

Whistleblower, em suma, é uma DLC esplêndida, e uma das melhores que já vimos na atualidade.

Jogabilidade: 10,0;
Visual: 10,0;
Áudio: 10,0;
Entretenimento: 9,5;
Nota final: 9,8 (Esplêndido).

Outlast: Whistleblower já está disponível para PC e PlayStation 4.




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