domingo, 6 de novembro de 2016

O Casarão Mal-Assombrado de Araraquara -SP


Casarão de 1884 localizado em Araraquara-SP. Ela ficou curiosa e não achou muita coisa na internet, então pediu se possível para fazer um post sobre o local.
O casarão está localizado no Assentamento Bela Vista, zona rural de Araraquara-SP. Construído em 1884, ele era a sede da fazenda, uma grande produtora de café. Na época, era permitido ter escravos (a abolição dos escravos só aconteceu no dia 13 de maio de 1888 - mesmo depois de acabada a escravidão no Brasil, existiam escravos na fazenda. Quando fiscais iam fiscalizá-la, eles eram escondidos em túneis secretos. Triste.), e é claro que a fazendo tinha muitos, e eles foram os responsáveis por erguer toda a casa, enquanto sua moradia era o porão, a senzala. O dono das terras e do casarão era o Coronel Antônio Joaquim de Carvalho, o barão do café da região.


O casarão é imenso, tem mais de 50 cômodos. Conta com portas com 3 metros de altura e janelas imensas, que ostentavam a riqueza. Já a senzala, no porão da casa, era o oposto, janelas minúsculas e uma pequena porta para os escravos entrarem, fazendo eles abaixarem a cabeça, num gesto de submissão ao coronel. É claro que havia os locais onde eles eram castigados. Um muro, logo na frente da porta de entrada da senzala ainda tem as correntes presas em sua parede. E também havia um porão logo abaixo da senzala, que foi lacrado pela última família a morar neste casarão, a uns 20 anos atrás.

Atualmente o casarão está bem diferente de sua época áurea. Ele serve de lar para centenas de morcegos e está todo velho, sendo deteriorado pela ação do tempo. No pavimento onde vivia o coronel, já não é possível andar mais por risco de desabamento.

O local é como um ponto turístico, muitas pessoas vão até o casarão para conhecer a história da região, e outros por pura curiosidade, na tentativa de presenciar algo sobrenatural.

Algumas histórias de antigos moradores

“As últimas famílias que moraram aqui, e isso faz uns 20 anos, diziam ouvir pessoas chorando e pedindo água. As vozes, segundo elas, vinham de uma espécie de porão que ficava embaixo da senzala, utilizado para acorrentar os escravos. Na tentativa de resolver o problema, eles tamparam a entrada desse espaço. Pelo que eu me lembro, isso resolveu”. Diz o assentado Jailson Aparecido Nobre, de 26 anos.

Jailson explica que, quando criança, brincava no espaço agora inacessível. “Ainda existe, está aqui debaixo. As paredes têm correntes e inscrições em números romanos. Fora isso, tem um túnel de aproximadamente 300 metros usado para ligar essa senzala a outra área da fazenda”, revela.

Outro assentado, João Francisco da Silva, 69, conta que uma senhora conhecida como “Maria do seu Vidal”, afirmou, por diversas vezes, ter avistado algo estranho na enigmática casa colonial: “Ela foi uma das últimas moradoras do casarão. Por diversas vezes, nos disse que uma mulher muito bela e bem vestida aparecia para ela segurando uma bandeja cheia de joias, dizendo que havia um tesouro embaixo do casarão, e que a dona Maria deveria cavar para encontrá-lo”, conta Silva, que completa. “Ela não teria motivos para inventar essa história. Era uma pessoa séria e correta.”



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